Conheça 6 tratamentos para retenção de líquidos

quais são os tratamentos para retenção de líquidos

Os tratamentos para retenção de líquidos não funcionam quando se parte do pressuposto errado: o de que inchaço é um problema isolado.

Você está acumulando líquido. E não, isso não é normal.

Tampouco é algo que se resolve com meias compressoras ou beber mais água.

Então, se você já tentou de tudo e ainda está inchada, talvez seja hora de mudar a estratégia.

Abaixo, você vai entender por que os tratamentos para retenção de líquidos precisam ser personalizados e sequenciais.

Preparado? Vamos lá!

O que é a retenção de líquidos?

Você já acordou com os dedos das mãos inchados ou sentiu os pés “apertando” o sapato no fim do dia?

Esses são sinais de retenção de líquidos, um problema que acontece quando o corpo acumula mais água do que elimina.

Biologicamente, os vasos sanguíneos liberam líquido para os tecidos, mas o sistema linfático (responsável por drenar esse excesso) não consegue dar conta do recado.

Mulheres são as mais afetadas – hormônios como o estrogênio facilitam a saída de líquidos dos vasos, especialmente na TPM ou na gravidez.

Idosos também entram no grupo de risco, já que a circulação sanguínea e a função renal perdem eficiência com a idade.

Quem passa muito tempo sentado ou em pé, sem movimentar as pernas, também sofre.

A falta de contração muscular dificulta o retorno dos fluidos para a corrente sanguínea. 

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O que causa retenção de líquidos?

A retenção de líquidos não tem uma única causa.

Ela surge quando o corpo perde o equilíbrio entre a quantidade de água que entra e sai dos tecidos.

Para entender melhor, pense nos vasos sanguíneos como tubos que liberam líquido nos espaços entre as células.

O sistema linfático é responsável por recolher esse excesso.

Se algo atrapalha esse processo — como pressão alta nos vasos ou falha na drenagem —, o líquido fica acumulado. 

Um dos gatilhos mais comuns é o consumo excessivo de sal.

O sódio aumenta a concentração de minerais no sangue, e o corpo retém água para diluí-lo.

Outras causas de retenção de líquidos possíveis incluem: 

  • Sedentarismo (má circulação e drenagem linfática);
  • Condições cardíacas, renais ou hepáticas;
  • Medicamentos (anti-hipertensivos, anti-inflamatórios, corticoides);
  • Deficiência de proteínas na alimentação; 
  • Ficar muito tempo em pé ou sentado sem movimentar-se;
  • Calor excessivo (vasos dilatados aumentam a permeabilidade). 

Sintomas da retenção de líquidos 

No início, o edema é discreto.

Você nota que a alça do sapato deixou marca no pé ou a calça jeans parece mais justa na cintura mesmo sem ganho de peso.

A pele fica levemente tensa, mas volta ao normal depois de deitar com as pernas elevadas.

Quando o problema avança, os sintomas ficam mais incômodos.

O inchaço não desaparece com repouso, e pressionar a área afetada deixa uma “covinha” que demora a sumir (sinal de Godet).

Nos casos graves, o edema é generalizado e perigoso.

O inchaço abdominal intenso acompanhado de falta de ar pode indicar líquido nos pulmões ou ascite.

A pele fica tão esticada que racha, aumentando o risco de infecções.

Ou seja, os sintomas da retenção de líquidos são classificados por graus, sendo eles:

Leves

  • Inchaço leve em pés, mãos ou rosto;
  • Pele levemente tensionada, sem marcas;
  • Desconforto ao usar acessórios (anéis, relógios);

Moderados

  • Inchaço persistente nas pernas ou abdômen;
  • Marca visível ao pressionar a pele;
  • Rigidez nas articulações e ganho de peso rápido. 

Graves

  • Edema generalizado (braços, pernas, abdômen, rosto);
  • Falta de ar, pele brilhante e com risco de fissuras;
  • Sintomas associados a doenças crônicas (fadiga extrema, urina escura). 

Quais são os tratamentos para retenção de líquidos? 

Antes de listar opções, é importante entender que os tratamentos para retenção de líquidos não são uma solução mágica.

Eles ajudam a gerenciar o problema, mas não “curam” a causa raiz — a menos que ela seja temporária, como excesso de sal na dieta.

Ainda assim, a maioria das estratégias age estimulando a eliminação de fluidos ou melhorando a circulação.

Já quando o edema está ligado a doenças crônicas (como insuficiência cardíaca), intervenções médicas são necessárias.

1. Chás diuréticos

Chás diuréticos são úteis nos tratamentos para retenção de líquidos porque aumentam a produção de urina, facilitando a eliminação de sais e água.

Aqui estão 5 opções que você pode preparar em casa: 

  • Chá de cavalinha: Ferva 1 colher de sopa da erva seca em 500 ml de água por 5 minutos. Coe e tome morno (até 2 xícaras por dia). É um chá rico em silício e fortalece os vasos sanguíneos;
  • Chá de hibisco: Use 1 colher de sopa de flores secas para 300 ml de água quente (não ferva). Em seguida, deixe em infusão por 5 minutos. Tomar gelado ajuda a reduzir inchaço no calor;
  • Chá de dente-de-leão: Misture 2 colheres de chá da raiz seca em 250 ml de água fervente. Em seguida, deixe descansar por 10 minutos. Este chá tem potássio, que equilibra o sódio;
  • Chá de salsa: Amasse um punhado de salsa fresca e adicione a 1 litro de água fervendo. Depois, deixe repousar por 15 minutos. Além de diurético, é fonte de vitamina C;
  • Chá de gengibre com canela: Rale 2 cm de gengibre e misture com 1 pau de canela em 500 ml de água. Em seguida, ferva por 3 minutos. Este chá aquece o corpo e acelera o metabolismo;

Importante: Gestantes e pessoas com problemas renais devem evitar alguns desses chás. Consulte um médico ou nutricionista antes!

2. Exercícios: os melhores para combater o inchaço

Se você acha que ficar parado ajuda a desinchar, está enganado.

Movimentar o corpo é um dos melhores tratamentos para retenção de líquidos mais eficientes.

A atividade física ativa a circulação sanguínea e linfática, “empurrando” o líquido acumulado de volta aos vasos.

E não precisa ser nada intenso: até caminhar 20 minutos por dia faz diferença. 

Dica pós-treino: Eleve as pernas por 10 minutos após o exercício para potencializar o efeito drenante.

3. Drenagem linfática para combater a retenção de líquidos

A drenagem linfática manual é um dos melhores e mais procurados tratamentos para retenção de líquidos, e dá para adaptar algumas técnicas em casa.

O objetivo é estimular o sistema linfático a transportar o excesso de fluidos para os gânglios, onde serão filtrados.

Os movimentos são suaves, em direção aos linfonodos (como virilha e axilas), e não devem causar dor. 

Além de reduzir o inchaço, a técnica melhora a celulite e relaxa a musculatura.

Contudo, evite fazer drenagem se tiver infecções, trombose ou câncer ativo. 

4. Ajustes na dieta

O sódio aumenta a pressão nos vasos sanguíneos, fazendo com que o corpo retenha água para diluí-lo.

Mas o problema não está só no saleiro — embutidos, sopas prontas, queijos amarelos e até pães industrializados são fontes ocultas.

Portanto, trocar esses itens por versões frescas já é um passo importante nos tratamentos para retenção de líquidos. 

Depois, é hora de potencializar o consumo de vitaminas.

Foque principalmente em: 

  • Potássio: Neutraliza o sódio e regula os fluidos corporais. Banana, abacate, espinafre e batata-doce são ricos nele;
  • Magnésio: Melhora a função renal e reduz cãibras. Encontrado em castanhas, sementes de abóbora e folhas verde-escuras;
  • Vitamina B6: Ajuda a regular hormônios ligados ao inchaço, como a aldosterona. Boas fontes: salmão, grão-de-bico e aveia.

5. Hidratação: Mais do que só água 

Beber água parece óbvio, mas muita gente ainda acha que menos líquido, significa menos inchaço.

Na verdade, é o contrário: quando você não se hidrata, o corpo entra em modo de reserva e segura cada gota.

A água mantém os rins funcionando, dilui o sódio e facilita a eliminação de toxinas.

O ideal é consumir pelo menos 35 ml por kg de peso corporal, mas não precisa ser só água pura. 

E os eletrólitos? Eles são importantes para evitar desequilíbrios.

Água de coco natural é rica em potássio e magnésio, perfeita para repor minerais após exercícios.

Então, se você transpira muito, experimente adicionar uma pitada de sal rosa (menos sódio que o comum) a um copo de água com gotas de limão. 

6. Redução do álcool

Aquele chopp pode ser o culpado pelas pernas inchadas no dia seguinte.

O álcool desidrata o corpo, fazendo os rins trabalharem mais para processar toxinas.

Daí, o organismo retém líquido como mecanismo de compensação.

Então, reduzir o consumo não significa eliminar totalmente.

Se você não quer abrir mão, prefira vinho tinto seco (menos açúcar) e intercale cada dose com um copo de água.

Em uma semana com menos álcool, você nota menos inchaço no rosto e nas mãos.

A pele fica menos opaca, e a disposição melhora.

Quais são os tratamentos para retenção de líquidos na gravidez? 

A retenção de líquidos na gravidez é quase um “rito de passagem” para muitas mulheres, especialmente no terceiro trimestre.

O corpo produz cerca de 50% mais sangue e fluidos para sustentar o bebê,.

Isso, somado à pressão do útero sobre os vasos pélvicos, faz com que o líquido se acumule nas pernas, pés e mãos.

Mas calma!

Existem tratamentos para retenção de líquidos seguros nessa fase, que aliviam o desconforto sem prejudicar mãe ou bebê. 

Em primeiro lugar, toda gestante precisa saber que movimentar-se é importante.

Caminhar 20 minutos por dia ajuda a ativar a circulação e reduzir o inchaço nas pernas.

A dieta também precisa de ajustes.

Reduzir o sódio é importante, mas não adianta cortar o sal se você consome sopas prontas, temperos industrializados ou embutidos.

Troque esses itens por ervas frescas, limão e alho para dar sabor.

Em contrapartida, alimentos ricos em potássio equilibram o sódio e são o que é bom para retenção de líquidos sem riscos. 

Para dormir melhor, deite-se sobre o lado esquerdo.

Essa posição alivia a pressão sobre a veia cava, melhorando a circulação.

Use um travesseiro entre os joelhos para manter o alinhamento da coluna. 

Importante: Nunca use diuréticos farmacológicos sem prescrição.

Eles podem reduzir o volume de líquido amniótico ou afetar a pressão arterial.

Se o inchaço vier acompanhado de dor de cabeça, visão turva ou ganho repentino de peso, procure seu obstetra — pode ser sinal de pré-eclâmpsia. 

Os tratamentos também podem prevenir a retenção de líquidos? 

Prevenção não significa evitar completamente o inchaço, mas minimizar sua intensidade e evitar complicações. 

Então, comece pela hidratação.

Beber água suficiente mantém os rins ativos e evita que o corpo entre em modo de reserva, retendo líquidos por desidratação.

Por outro lado, para gestantes, o ideal é consumir pelo menos 2,5 litros por dia, incluindo água, frutas suculentas (melancia, melão) e chás seguros. 

Aposte em alimentos com magnésio, como castanhas e sementes de abóbora.

Esse mineral regula a função nervosa e muscular, prevenindo cãibras e melhorando a circulação.

E não subestime o poder do repouso.

Dormir 7-8 horas por noite permite que o corpo equilibre hormônios como a aldosterona, envolvida na regulação de fluidos.

Conclusão

Nenhum desses tratamentos para retenção de líquidos substitui a avaliação médica ou nutricional.

Se o inchaço persistir por mais de uma semana ou vier acompanhado de dor, procure um profissional.

Portanto, marque uma consulta com um nutricionista para orientações mais direcionadas sobre como controlar a retenção de líquidos!

PERGUNTAS FREQUENTES

Beber mais água ajuda ou piora a retenção?

Beber água ajuda. O corpo tende a reter líquidos quando está desidratado. Manter a hidratação adequada estimula os rins a eliminarem o excesso de sódio e líquidos acumulados.

O sal é o único culpado pelo inchaço?

Não. Embora o excesso de sódio seja um dos principais fatores, carboidratos em excesso, falta de proteínas ou alterações hormonais também contribuem para a retenção.

Certos alimentos podem reduzir o inchaço?

Sim. Alimentos ricos em potássio, como banana, abacate e batata-doce, ajudam a equilibrar o sódio e reduzir o acúmulo de líquidos, além de frutas ricas em água, como melancia e melão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LEDUC, Albert; LEDUC, Olivier. Drenagem Linfática: Teoria e prática. 3ª edição. São Paulo: Manole, 2007.

HARVARD HEALTH PUBLISHING. Fluid retention: What it can mean for your heart. 2014.

*Este conteúdo tem caráter apenas informativo e não substitui o diagnóstico ou tratamento de um médico ou nutricionista. As informações aqui apresentadas não devem ser aplicadas de forma individual sem orientação profissional.

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